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já não adianta
procurar-me nas
suas mãos,
nem chorar
promessas,
nem olhar
pela janela,
nem pintar meu
nome pelos muros,
nem grita-lo pelas
ruas.
por que é tão dificil
de entender?
[eu lhe disse...]
já não estou
mais aqui.
das janelas opostas,
observamos as nossas.
o brilho é fraco
quando distante,
e o sorriso,
beija apenas
como brisa.
por que sonhamos
tanto,
e sabemos tao
pouco?
quando me encontrar,
por favor,
pergunte meu nome.
por que assim,
tão vazia,
sou leve,
e ainda afundo?
dos corações
fechados,
ficam apenas
os sonhos,
nada mais.
adornos floridos
contornam o suco
esbranquiçado de
tua pele.
bóiam e deslizam,
rubras cores,
ao desabrochar
de uma inocência
de meia
estação.
fios que me
puxam
ventos que
alisam
e me trazem
de volta pra terra.
o vôo é breve,
e a verdade,
incontestável,
meu nome é ninguém.
por que rir
quando se enxerga?
por que fingir
que eu não estou
aqui,
quando tudo o que
faço é estar?
por que queres
me matar aos
delírios?
não vê que já
estou sangrando?
espero que dessa
vez seja um pouco
mais eterno,
um pouco mais
real,
e um pouco menos
dolorido.
Amar é para os fracos
e sem coraçao.
nos vemos
do outro lado.
espremem-se da
multidão um único
olhar seco.
as últimas palmas
cessaram,
[rápidas demais]
as ultimas palavras
brincaram,
[banais demais]
o caminho de volta
é sempre mais comprido.
mas eu te esperarei
do outro lado.
convida ,Bento,
suas lembranças
para dançar.
antes que estas,
chamem teu nome.
de santos,
basta-se o ofício.
de nós,
basta-se o viver.
não me faça
generalizações.
quero cortante
na carne,
navalha, verdade,
e da sinceridade,
não só meias
alusões,
quero tudo,
e de tudo,
todos.