quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Futuro

“Como é estranho pensar que deste lado as coisas também são recíprocas. Quais olhos viram a Terra azul? Não foram os meus, disso estou certo. Mas sim, foram os meus que me enganaram ao captar da lua uma luz que não provem dela agora. Que magnitude foi apropriada ao nosso próprio planeta? Vista daqui, ela me parece tão pequena quanto os astros que salpicam o infinito. Tão silenciosa e paciente. Se nunca tivesse colocado meus pés lá, pensaria coisas que hoje sei que não passariam de equívocos.
Mas agora, isso já não importa mais, não é?
Disse que sou homem de palavra, e cumpri a minha. Cá estamos nós. No futuro que lhe havia prometido. Longe de todos, do mundo, em um astro apenas nosso. Daqui, podemos observar a vida que seria nossa, mas não foi (Felizmente), e podemos, finalmente, nos orgulhar do que construímos aqui.
Você chama meu nome, eu sei que chama, e não precisamos de nada mais para sabermos o que queremos. O que eu quero, seguro agora nos meus braços, e só.
Por que não sentamos e assistimos o mundo girar de novo?
Tudo parece mais perfeito quando não fazemos parte disto.”


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