Te vejo por detrás dos
aranhados,
ralhando com força os punhos no vidro,
movendo os lábios
calados,
olhos vermelhos e
cansados,
grão a grão se desfazendo.
os segundos passando,
você se afunilando,
querendo desesperadamente
se reconstruir.
eu, inerte, não posso
nada impedir.
apenas espero e choro,
vendo o tempo lhe
destruir.
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