Negro suco extraído
dos tempos coagidos
da escravidão,
porcelana tépida
que acalenta meus dedos
em
líquido perturbado
em amargurados lábios
depostos de solidão.
fumegante locomotiva
alimentada pelo anseio
nefando de revolução.
água torpe, que como
uma sinfonia de horrores
trepida minha calma
e aquece
enquanto definha
minha alma
minha sede
gustação.
Somente,
semente de café.
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